A gastrite é uma doença caracterizada pela inflamação, erosão ou infecção do revestimento do estômago. Na condição, ocorre o enfraquecimento da mucosa que protege a parede estomacal e os próprios sucos digestivos produzidos pelo órgão acabam por causar danos à parede do estômago.
Ela pode ser provocada por vírus, parasitas, fungos, o refluxo da bile para dentro do estômago, estresse, ingestão de esteroides, consumo de alimentos picantes, uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, abuso de bebidas alcoólicas e por uma bactéria chamada Helicobater pylori.
A doença pode ser aguda – dura um período curto de tempo – ou crônica – persiste ao longo de meses, ou até mesmo anos. Os seus sintomas incluem: náusea, vômito, sentir-se empanturrado na parte superior do abdômen (principalmente depois de comer), indigestão, fezes escuras e vômito que pode vir com sangue ou substâncias similares à borra de café.
Entretanto, não é em todos os casos que a doença provoca sintomas notáveis – daí a importância em fazer check-ups e exames regulares com o médico. Assim, fica mais fácil que o profissional identifique a doença mesmo sem o paciente queixar-se de algum dos sintomas associados à gastrite e dê início ao tratamento.
Até porque a gastrite não tratada adequadamente pode gerar complicações como úlcera e câncer. Esses perigos também servem de alerta para que todas as orientações do médico em relação ao tratamento, envolvendo o uso de medicamentos, as mudanças na alimentação e demais aspectos sejam obedecidos.
A uva
Segundo encontramos em nossas pesquisas, 72 milhões de toneladas de uva são cultivadas todos os anos ao redor do mundo, em grande parte para a produção de vinho.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), uma xícara com 151 g de uvas verdes ou tintas apresenta 104 calorias e é fonte de nutrientes como carboidratos, fibras, potássio, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, zinco, vitamina B9, vitamina C e vitamina K.
As uvas são ricas em antioxidantes e já foram associadas a benefícios como: auxílio à saúde do coração e da pressão arterial, diminuição do risco de ter prisão de ventre e colaboração com a manutenção da saúde dos olhos.
Mas será que mesmo com essas vantagens e nutrientes, o alimento pode ser consumido mesmo por quem sofre com uma doença como a gastrite?
Ou será que a uva faz mal para gastrite?
De acordo com informações encontradas na internet, a uva verde e a uva roxa entram na categoria dos alimentos ácidos – cujo pH fica entre 4 e 4,5 – ficando bem no meio daqueles que são classificados nos grupos dos pouco ácidos e muito ácidos.
A gastrite é uma inflamação da parede de estômago que é desenvolvida justamente quando a acidez aumenta ao ponto de agredir o órgão.
Conforme encontramos, para os pacientes diagnosticados com úlcera, o consumo de frutas ácidas deve ser evitado.
Por outro lado
Existe mais de um lado nessa discussão se a uva faz mal para gastrite, tanto que encontramos uma pesquisa realizada pelo Departamento de Ciências e de Biotecnologia da Universidade da Coreia do Sul, que indicou que as antocianinas presentes nas cascas das uvas protegem o estômago contra a gastrite.
Conforme publicações encontradas, as antocianinas são pigmentos que fazem parte dos grupos dos flavonoides (substâncias com poder antioxidante) e são responsáveis pela coloração de frutas, flores e folhas.
Elas são responsáveis, principalmente, pelo tom bordô do vinho tinto, pois estão bastante presentes na casca da uva, fruta que concentra a maior quantidade da substância.
Segundo encontramos, as antocianinas são responsáveis por proteger as plantas, as flores e as frutas contra a ação prejudicial da luz ultravioleta e por evitar a produção de radicais livres, trazendo o mesmo efeito no corpo humano.
Os radicais livres são compostos prejudiciais que danificam o DNA e o seu acúmulo ao longo do tempo pode contribuir com o desenvolvimento de problemas de saúde como doença no coração, artrite e câncer e com o processo de envelhecimento.
A maior fonte dessa substância é a casca da uva, e a sua quantidade pode variar de acordo com a espécie, o cultivo e a variedade. Entre as uvas com maior teor da substância encontram-se duas variedades cultivadas na Itália: a uva ancellota, que pode ter até 2,3 g de antocianinas por quilo, e a uva lambrusco, que pode carregar até 1,9 g em cada quilo.
Concluindo
Para ter certeza se a uva faz mal para gastrite, especialmente tendo em vista as particularidades de cada quadro da doença, o ideal é que você converse com o médico responsável pelo seu tratamento para saber como e se a fruta pode ser inserida nas suas refeições.
Tenha sempre em mente que o que passamos aqui serve somente como informação, um diagnóstico ou prescrição de tratamento e dieta para a gastrite deve ser feito apenas por um médico qualificado.
Você acreditava que a uva faz mal para gastrite? Sofre dessa condição e tem o costume de comer ou não a fruta? Comente abaixo!
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