Diz-se que não existe verão sem Tour de France, a maior prova de ciclismo do calendário profissional, e este ano, embora tenha chegado um mês depois do previsto, a organização encontrou o momento para realizar a maior prova do calendário de profissional que chega em sua 107ª edição.
por Jornal Econômico
Diz-se que não existe verão sem Tour de France, a maior prova de ciclismo do calendário profissional, e este ano, embora tenha chegado um mês depois do previsto, a organização encontrou o momento para lançar a sua 107ª edição.
Organizada pela Amauri Sport Organization (ASO), a empresa tem a Tour de France como o principal pilar dos seus negócios, que inclui a organização de outros eventos como o Dakar e a Maratona de Paris. Embora não existam dados oficiais, estima-se que a ASO fature cerca de 180 milhões de euros por ano, sendo que o Tour de France gera dois terços deste negócio, segundo o Jornal Econômico.
Em 2017 a ASO fechou a temporada com um lucro de 30 milhões de euros, sendo a Tour de France responsável por mais da metade desses lucros. O negócio da prova depende da receita audiovisual, do patrocínio e da taxa paga pelos municípios para receberam as largas e chegadas de todas as etapas.
As operadoras de televisão geram 60% da receita da prova, que no Brasil é transmitida pela ESPN. Os patrocinadores contribuem com 30% do orçamento, apesar da saída da Carrefour que, em 2019, deixou de ser o principal patrocinador do evento, lugar que foi ocupado pela LCL, E Leclerc, Skoda, Continental e Krys. Num segundo nível encontram-se marcas como a Tissot ou Le Coq Sportif, cuja contribuição é inferior aos três milhões de euros prestados pelos patrocinadores mais relevantes, cujos honorários chegam a cinco milhões de euros.
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Os restantes 10% provêm dos municípios e regiões que recebem as etapas durantes as largadas e chegadas das etapas. Estima-se que as largadas custem 65 mil euros, e as chegadas por sua vez chegam a 100 mil euros por etapa. É um valor que os municípios e regiões valorizam, o que se comprova pela “briga” entre os municípios para conseguirem uma das etapas, estima-se que mais mais 200 municípios se candidatam as vagas todos os anos. Os valores mais caros são desembolsados pelas cidades fora da França, na ocasião as cifras ultrapassam os milhões para sediarem o ‘Grand Départ’ (etapa de abertura do Tour).
Para se ter uma ideia, Utrecht, na Holanda, ficou treze anos na lista de espera para poder sediar a etapa de abertura do Tour de France, e apenas em 2015 a cidade holandesa pôde sediar a etapa de abertura. A cidade de Utrecht desembolsou 4 milhões de euros pela etapa de abertura. Já a cidade de Dusseldorf, na Alemanha, pagou 6,2 milhões de euros em 2017 e os números não param por aí, já que além da cifra cobrada pelo evento, as cidades que recebem o Tour precisam investir alguns milhares de euros na melhoria das estradas e outras infraestruturas.
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