Pular para o conteúdo principal

Mandioca Tem Carboidrato? Bom ou Ruim? Dicas

Mandioca

Cozida, frita ou assada. Na forma de farinha, como acompanhamento de carnes e saladas, como aperitivo ou em receitas de tortas, bolinhos, purês e escondidinhos. Essas são algumas das formas em que podemos encontrar a mandioca nas refeições que fazemos no nosso dia a dia.

Nativo do Brasil e do Paraguai, o alimento é conhecido por servir como fonte de nutrientes importantes para o funcionamento do nosso organismo como fibras, magnésio, cobre, manganês, vitamina B9 (folato) e vitamina E.

Mas será que a mandioca tem carboidrato?

Sim, além de todos os nutrientes mencionados acima, também é verdade que a mandioca tem carboidrato. Tanto que cerca de 95% das calorias da mandioca correspondem aos carboidratos, levando em consideração uma porção de uma xícara de mandioca.

A tabela a seguir apresenta a quantidade do nutriente que podemos encontrar em diferentes porções e tipos de mandioca:

Tipo de mandioca Carboidratos por porção
Mandioca cozida 51,32 g em uma xícara, cortada em cubos
Mandioca cozida 37,46 g em 100 g
Mandioca cozida sem a adição de gorduras 50,52 g em uma xícara, cortada em cubos
Mandioca cozida sem a adição de gorduras 38,27 g em 100 g
Mandioca frita 47,79 g em uma escumadeira picada
Mandioca frita 50,3 g em 100 g
Mandioca gratinada 16,94 g em 100 g
Mandioca gratinada 30,49 g em um pedaço grande

A mandioca tem carboidrato bom ou ruim? 

Agora que já sabemos que a mandioca tem carboidrato e as quantidades que podem ser encontradas em diferentes porções e modos de preparar o alimento, vamos conhecer que tipo de carboidratos estão presentes na mandioca.

Os carboidratos são constituídos de três componentes: fibras, amidos e açúcar. Segundo informações do Healthy Eating SFGate, os amidos encontrados na composição da mandioca são considerados carboidratos complexos.

As fibras também são consideradas carboidratos complexos, enquanto o açúcar é um carboidrato simples.

Mas o que tudo isso quer dizer? Vamos por partes: os amidos são de longas cadeias de glicose, que constituem o tipo de carboidrato mais consumido na dieta.

Já os carboidratos complexos carregam mais nutrientes do que os carboidratos simples, são digeridos mais lentamente e oferecem mais saciedade ao corpo.

Os carboidratos complexos fazem com que seja mais fácil manter o peso e podem auxiliar a proteger contra o desenvolvimento de diabetes do tipo 2 e de problemas cardiovasculares no futuro.

O amido resistente

A mandioca também entra no grupo dos alimentos com amido resistente. Esse tipo de amido resiste ao processo de digestão e não é decomposto.

O que acontece é que ele atravessa o intestino delgado e vai até o cólon, onde é transformado em ácidos graxos de cadeia curta, que são conhecidos como benéficos em relação ao estímulo à energia e ao combate à inflamação.

O amido resistente também alimenta as bactérias intestinais e, por conta disso, ajuda a reduzir as bactérias prejudiciais ao organismo e pode auxiliar a diminuir os níveis de glicose depois das refeições, a melhorar a sensibilidade à insulina (a resistência ao hormônio está associada a diabetes), a controlar a síndrome metabólica e, possivelmente, a comer menos.

O amido resistente não é bem digerido pelas enzimas gástricas e é eliminado com facilidade pelo bolo fecal com parte das gorduras e dos açúcares digeridos.

Alguns estudos já mostraram que o amido resistente favorece a diminuição dos níveis de colesterol e de triglicerídeos por aumentar os meios de excreção e de redução da gordura.

A ingestão de alimentos que servem como fonte de amido resistente está associada à prevenção de doenças como câncer, diabetes, dislipidemias (níveis elevados de gorduras no sangue, conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), doenças coronárias e obesidade.

Ele causa uma sensação de saciedade mais rápida e promove um controle maior da glicose no sangue, o aumento da concentração de um hormônio conhecido como colescistocinina (que interfere justamente na saciedade), a diminuição da absorção de gorduras e o aumento do trânsito intestinal.

Para ser resistente, o amido deve ser cozido ou aquecido. Além da mandioca, outros alimentos que possuem o amido resistente são: inhame, cará e, principalmente, banana verde.

O índice glicêmico  

Outro ponto a favor da mandioca é o índice glicêmico apresentado pelo alimento.

Este índice trata-se de um indicativo que demonstra como cada alimento pode afetar os níveis de açúcar no sangue. Por exemplo, as comidas com índice glicêmico alto, que apresentam valor acima de 70, não são ideais para a dieta de quem tem diabetes porque são absorvidos rapidamente e causam uma elevação veloz nos níveis de açúcar no sangue.

A boa notícia sobre a mandioca é que ela possui um índice glicêmico de 46. Isso significa que ela entra na categoria dos alimentos com índice glicêmico baixo, já que para ser classificado neste grupo é necessário apresentar um índice menor ou igual a 55. Em outras palavras, a mandioca é absorvida lentamente, sem causar um aumento súbito nos níveis de glicose no sangue.

Você já sabia que a mandioca tem carboidrato? Acreditava que a sua maior parte era de carboidratos ruins ou bons? Tem costume de consumi-la? Comente abaixo!</h$>

Note: There is a rating embedded within this post, please visit this post to rate it.

Fonte: Mundo Boa Forma

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Receita de granola low carb deliciosa

A granola é o acompanhamento que muitas pessoas escolhem para comer com fruta ou iogurte na dieta. Mas, quando a intenção é reduzir os carboidratos, é preciso tomar cuidado com o alimento. Um motivo é que muitas granolas industrializadas trazem açúcar adicionado, o que aumenta o seu teor de carboidratos. Porém, mesmo as caseiras e sem adição de açúcar extra podem ter aveia, que embora seja saudável e nutritiva, também é fonte de carboidratos . Entretanto, quem está cortando os carboidratos não precisa abandonar o acompanhamento. Basta optar por uma granola low carb, como a que vamos aprender a fazer hoje. O prato conta com um mix de oleaginosas e sementes. Além disso, ele leva coco em pedaços ou ralado, noz-moscada, canela em pó e extrato de baunilha, que deixam o acompanhamento mais saboroso.  Venha experimentar como a granola low carb fica incrível! Aprenda o passo a passo da receita e prove hoje mesmo! Imprimir Granola low carb

Sensibilidade ao glúten não celíaca: o que é, sintomas e tratamento

Você costuma sentir a barriga inchada, alteração no trânsito intestinal normal, seja com constipação ou diarreia, e azia logo após comer pães e massas? Já suspeitou de doença celíaca, mas o diagnóstico foi negativo? Você pode ter sensibilidade ao glúten não celíaca.  A sensibilidade ao glúten não celíaca é quando uma pessoa apresenta sintomas semelhantes aos da doença celíaca, sem ter a doença. Quem é sensível ao glúten não apresenta os mecanismos de reação alérgica e nem de doença autoimune, que definem os quadros clínicos da alergia ao trigo e da doença celíaca.  O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, como o trigo, o centeio, o malte e a cevada, e tem sofrido intensas modificações genéticas para atender à indústria alimentícia. Segundo a Embrapa, o trigo que nós consumimos atualmente contém 20 vezes mais glúten do que há 40 anos. Isso explica por que tanta gente tem problemas digestivos relacionados ao glúten.  Entenda mais sobre a sensibilidade ao glúten não celíaca

Alimentação para herpes: o que comer e o que evitar

Se você tem herpes, deve saber o quanto é incômodo quando a ferida retorna, após algum tempo inativa. E são constantes esse vai e volta da ferida, que pode acontecer devido a vários fatores. Agora, será que existem alimentos que podemos comer ou evitar para prevenir o aparecimento ou resolver uma crise mais rapidamente?  O herpes se desenvolve como resultado de uma infecção pelo vírus herpes simples, que fica adormecido por um período, até que é ativado por alguns gatilhos. Não há dúvidas de que gripes, flutuações hormonais e condições ambientais sejam gatilhos para o surgimento do herpes, mas e os alimentos?   Ainda não há muitos estudos que relacionam alimentação e herpes, mas há indícios de que comer alimentos ricos em lisina e evitar aqueles com arginina possam prevenir o aparecimento de herpes ou tornar a cicatrização da ferida mais rápida, diminuindo o tempo do ciclo. Além disso, ingerir alimentos que fortalecem o sistema imunológico parece ajudar a manter o vírus inativo. V