Pular para o conteúdo principal

Qual a relação entre a manteiga e o colesterol?

Quando uma pessoa apresenta um colesterol alto, um dos conselhos que ela certamente recebe do médico é melhorar a alimentação. Parte da dieta para baixar o colesterol inclui moderar bem o consumo da manteiga.

Mas você já parou para pensar em qual pode ser o problema do ingrediente? Por que será que o companheiro perfeito do pão do nosso lanche pode prejudicar os níveis de colesterol?

O perfil nutricional explica

Segundo o cardiologista Dennis Bruemmer, a manteiga é rica em calorias e colesterol. Quando se usa muito do ingrediente para cozinhar ao longo do dia, isso se acumula.

O acúmulo de calorias, por sua vez, pode levar ao ganho de peso, e a obesidade é um dos fatores de risco para o colesterol alto. Bruemmer esclareceu ainda que a manteiga tem níveis altos de gorduras saturadas e que é justamente isso que aumenta o colesterol.

A Associação Americana do Coração recomenda limitar as gorduras saturadas, presentes na manteiga e também no bacon, queijo e carne vermelha, por exemplo, além outros alimentos de origem animal.

De acordo com a instituição, décadas de ciência sólida mostraram que as gorduras saturadas podem aumentar o colesterol LDL (ruim) e elevar o risco de desenvolver doença cardíaca.

O problema com os alimentos ultraprocessados

Donut

O consumo da manteiga pode ser ainda maior do que se imagina devido aos alimentos ultraprocessados.

“Pegue o picles, por exemplo. É um pepino que foi processado, mas você ainda pode ver que ele foi uma comida real. Com os alimentos ultraprocessados, como um donut ou uma pizza, você não pode dizer de onde a comida veio”, explicou Bruemmer.

As comidas ultraprocessadas fazem as pessoas ganharem peso e comerem mais, uma vez que não saciam. Mas onde é que a manteiga entra nisso? É que o ingrediente costumar estar presente nos alimentos ultraprocessados.

Ou seja, as gorduras saturadas da manteiga se amontoam na composição nada saudável dos alimentos ultraprocessados, que já costumam ser ricos em gorduras ruins. Além das gorduras saturadas, eles geralmente trazem também gorduras trans.

De acordo com a Associação Americana do Coração, as gorduras trans elevam o colesterol ruim e reduzem o colesterol bom.

O consumo das gorduras trans ainda aumenta os riscos de desenvolver doença no coração e acidente vascular cerebral (AVC), além de ter uma ligação com um maior risco de diabetes do tipo 2.

Então, o que fazer?

De acordo com Bruemmer, o problema não é necessariamente usar uma quantidade pequena de manteiga vez ou outra, moderadamente, para preparar seus alimentos. Mas a questão é que costumamos utilizar o ingrediente em quantias altas, o que favorece problemas de saúde.

E nem pensar em usar a margarina como substituta, já que ela contém muitas gorduras trans e saturadas! Para o cardiologista, um óleo vegetal é uma alternativa melhor, pois reduz o teor de gorduras saturadas.

Entretanto, qual usar para passar no pão no lugar da manteiga e margarina? A dica do médico é azeite de oliva e uma pastinha de tomate. Ambos fazem parte da dieta Mediterrânea, regime alimentar que Bruemmer defende.

“É a única dieta que, em estudos controlados, mostrou melhorar a saúde e reduzir o risco de ataque no coração. Ela é rica em frutas e vegetais, acrescenta peixes e carne branca magra com grãos, mas é pobre em laticínios e carne vermelha”, justificou.

Se você recebeu o diagnóstico de colesterol alto, não deixe de seguir o tratamento completo indicado pelo seu médico.

Fontes e Referências Adicionais:

Você costuma consumir muita manteiga? Já precisou cortar o ingrediente da dieta devido ao colesterol alto? Então, comente abaixo!

Note: There is a rating embedded within this post, please visit this post to rate it.

Fonte: Mundo Boa Forma

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Receita de granola low carb deliciosa

A granola é o acompanhamento que muitas pessoas escolhem para comer com fruta ou iogurte na dieta. Mas, quando a intenção é reduzir os carboidratos, é preciso tomar cuidado com o alimento. Um motivo é que muitas granolas industrializadas trazem açúcar adicionado, o que aumenta o seu teor de carboidratos. Porém, mesmo as caseiras e sem adição de açúcar extra podem ter aveia, que embora seja saudável e nutritiva, também é fonte de carboidratos . Entretanto, quem está cortando os carboidratos não precisa abandonar o acompanhamento. Basta optar por uma granola low carb, como a que vamos aprender a fazer hoje. O prato conta com um mix de oleaginosas e sementes. Além disso, ele leva coco em pedaços ou ralado, noz-moscada, canela em pó e extrato de baunilha, que deixam o acompanhamento mais saboroso.  Venha experimentar como a granola low carb fica incrível! Aprenda o passo a passo da receita e prove hoje mesmo! Imprimir Granola low carb

Sensibilidade ao glúten não celíaca: o que é, sintomas e tratamento

Você costuma sentir a barriga inchada, alteração no trânsito intestinal normal, seja com constipação ou diarreia, e azia logo após comer pães e massas? Já suspeitou de doença celíaca, mas o diagnóstico foi negativo? Você pode ter sensibilidade ao glúten não celíaca.  A sensibilidade ao glúten não celíaca é quando uma pessoa apresenta sintomas semelhantes aos da doença celíaca, sem ter a doença. Quem é sensível ao glúten não apresenta os mecanismos de reação alérgica e nem de doença autoimune, que definem os quadros clínicos da alergia ao trigo e da doença celíaca.  O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, como o trigo, o centeio, o malte e a cevada, e tem sofrido intensas modificações genéticas para atender à indústria alimentícia. Segundo a Embrapa, o trigo que nós consumimos atualmente contém 20 vezes mais glúten do que há 40 anos. Isso explica por que tanta gente tem problemas digestivos relacionados ao glúten.  Entenda mais sobre a sensibilidade ao glúten não celíaca

Alimentação para herpes: o que comer e o que evitar

Se você tem herpes, deve saber o quanto é incômodo quando a ferida retorna, após algum tempo inativa. E são constantes esse vai e volta da ferida, que pode acontecer devido a vários fatores. Agora, será que existem alimentos que podemos comer ou evitar para prevenir o aparecimento ou resolver uma crise mais rapidamente?  O herpes se desenvolve como resultado de uma infecção pelo vírus herpes simples, que fica adormecido por um período, até que é ativado por alguns gatilhos. Não há dúvidas de que gripes, flutuações hormonais e condições ambientais sejam gatilhos para o surgimento do herpes, mas e os alimentos?   Ainda não há muitos estudos que relacionam alimentação e herpes, mas há indícios de que comer alimentos ricos em lisina e evitar aqueles com arginina possam prevenir o aparecimento de herpes ou tornar a cicatrização da ferida mais rápida, diminuindo o tempo do ciclo. Além disso, ingerir alimentos que fortalecem o sistema imunológico parece ajudar a manter o vírus inativo. V