Pular para o conteúdo principal

Contagem de carboidratos para diabéticos – Tabela e como fazer

Você tem dificuldades para controlar a sua diabetes? Aprenda aqui como usar a tabela e como fazer a contagem de carboidratos para diabéticos.

Quando se tem diabetes, planejar as refeições e saber a quantidade certa de carboidratos a ser ingerida garante o sucesso do tratamento.

Certamente, o gerenciamento dos níveis de açúcar no sangue não é fácil no início, mas há técnicas – como a contagem de carboidratos, por exemplo – que ajudam a controlar a glicemia.

Há diferentes tipos de carboidratos, mas o mais importante é ter em mente quais são as fontes de carboidratos mais saudáveis – que geralmente são alimentos in natura e pouco processados. 

Além disso tudo, o uso de remédios para diabetes e a alimentação balanceada são parte fundamental do tratamento.

Aliás, ler os rótulos dos alimentos para saber qual é a quantidade de carboidratos neles também é essencial. Veja a seguir como contar os carboidratos na sua dieta.

Como fazer a contagem de carboidratos para diabéticos

contagem de carboidratos para diabéticos

A fim de facilitar a sua missão, vamos mostrar quais são as informações que você precisa para fazer a contagem diária de carboidratos e manter sua diabetes sob controle.

Primeiro passo

Em primeiro lugar, é preciso calcular a sua ingestão calórica diária ideal. Logo após isso, é possível identificar as porcentagens e porções de carboidratos que devem ser consumidas.

Para saber que quantidades são essas, há várias calculadoras online que fazem o cálculo para você com base em algumas informações como peso e altura.

No entanto, o mais recomendado é você procurar um nutricionista para fazer um cálculo mais preciso.

Segundo passo

Em seguida, você vai precisar identificar quais são os alimentos que contêm carboidratos.

A saber, os carboidratos mais consumidos no dia a dia são alimentos como:

  • Pães;
  • Massas;
  • Arroz;
  • Frutas;
  • Sucos;
  • Leite;
  • Iogurte;
  • Açúcares e doces;
  • Mel;
  • Cereais;
  • Biscoitos;
  • Batatas;
  • Grãos;
  • Vegetais;
  • Alimentos industrializados com açúcar.

Além disso, é importante ler rótulos ou tabelas nutricionais que indicam a quantidade em gramas por porção e o valor calórico.

Onde encontrar informações nutricionais

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a contagem de carboidratos para diabéticos deve ser feita considerando a quantidade de carboidratos em gramas por porção ingerida.

Caso você não encontre essa informação no rótulo do alimento ou esteja consumindo um alimento sem rótulo, consulte o valor no manual de contagem de carboidratos produzido pela SBD.

Se preferir, existem muitos aplicativos de contagem de calorias que fornecem dados sobre quantidade de calorias e de nutrientes por porção. 

Aliás, aproveite para saber se contar calorias é realmente necessário para a perda de peso.

Exemplo prático de contagem de carboidratos

A maioria dos diabéticos do tipo 2 deve ingerir algo entre 45 e 60 g de carboidratos por refeição e de 15 a 30 g de carboidratos nos lanches.

Se a sua meta é ingerir 150 g de carboidratos por dia, por exemplo, você deve ir somando a quantidade de carboidratos ingerida ao longo do dia para não ultrapassar a meta.

Só para exemplificar, em uma dieta com três refeições ao dia, isso equivale ao consumo médio de 50 g de carboidratos por refeição. 

No entanto, a tabela de carboidratos completa e sua correspondência em gramas é muito grande. Por isso separamos abaixo alguns valores para você ter como referência:

Alimento Medida usual Porção Carboidratos totais Calorias
Açúcar branco Colher de sopa 30 g 30 g 116 kcal
Açúcar mascavo Colher de sopa 19 g 17 g 70 kcal
Arroz branco Colher de sopa 30 g 5 g 26 kcal
Maçã Unidade 90 g 14 g 58 kcal
Aveia em flocos Colher de sopa 15 g 10 g 56 kcal
Feijão carioca Colher de sopa 17 g 3 g 19 kcal
Pão francês Unidade 50 g 28 g 135 kcal
Leite Copo cheio 12 g 141 kcal

Detalhes a considerar na contagem de carboidratos

Vários fatores devem ser levados em conta para calcular e monitorar a quantidade de carboidratos. Alguns deles são:

Características individuais

Certamente, fatores como o tipo de diabetes e características individuais como peso, altura, nível de atividade física e uso de medicamentos, por exemplo, afetam a contagem de carboidratos para diabéticos.

Na dúvida, peça para que um médico ou nutricionista te ajude nos cálculos.

Alerta para quem usa insulina

Aqueles diagnosticados com diabetes do tipo 1 que fazem uso de insulina injetável devem ter muito cuidado ao usar a contagem de carboidratos.

O ideal é procurar um médico para saber se este método é adequado para ajudar no tratamento ou se outras abordagens devem ser consideradas para auxiliar no controle glicêmico.

Alimentos que podem ser desprezados no cálculo

Geralmente, os alimentos ricos em fibras ou com teor baixo ou nulo de carboidratos não precisam ser contabilizados. São eles:

  • Vegetais;
  • Bebidas (sem açúcar) como água, café, chá e adoçantes;
  • A maioria dos queijos;
  • Carnes, aves, peixes e ovos;
  • Azeite.

Considere também o índice glicêmico 

Consumir alimentos com baixo índice glicêmico é essencial para o controle da diabetes em algumas pessoas. Mas você não precisa saber de cor e salteado os valores de índice glicêmico de todos os carboidratos. Ainda assim, é importante entender o que eles querem dizer.

O índice glicêmico (IG) é um sistema de pontos para os carboidratos que indicam o quão rápido ele eleva os níveis de açúcar no sangue. Isto é, quanto mais próximo de 100, pior o carboidrato é para os diabéticos.

Assim, o ideal é procurar por carboidratos com índice glicêmico mais baixo (como grãos integrais, frutas e vegetais, por exemplo). Esses carboidratos são absorvidos mais lentamente pela corrente sanguínea e, por isso, não costumam causar os temidos picos de glicose no sangue.

Por outro lado, os carboidratos de alto índice glicêmico devem ser evitados na dieta dos diabéticos.

Certamente, não há problema em ingerir um docinho se ele não causar flutuações importantes na sua glicemia e não ultrapassar 10% das calorias totais do dia em açúcares. Mas os excessos devem ser evitados ao máximo.

Aliás, veja ainda quais são as diferenças entre carboidratos simples e complexos e faça escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis.

Dicas sobre a quantidade de carboidratos

carboidratos

Um nutricionista pode te ajudar sempre que você se sentir inseguro ou apresentar dificuldades para controlar o seu índice glicêmico com base na contagem de carboidratos.

Seu nutricionista pode te fornecer uma tabela de troca de carboidratos que sugere porções de diferentes alimentos para você substituir no dia a dia sem alterar a quantidade de carboidratos ingeridas e, portanto, sem interferir no seu índice glicêmico.

Entretanto, apenas contar os carboidratos que você consome diariamente não garante que sua glicemia ficará controlada.

Aliás, se você faz uso de medicamentos prescritos, nunca interrompa o uso por conta própria por achar que não precisa mais do remédio. 

De fato, monitorar os carboidratos pode trazer benefícios como:

  • Melhoria dos níveis de energia;
  • Prevenção de complicações causadas por episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia;
  • Auxílio em um processo de reeducação alimentar para diabéticos;
  • Melhoria da saúde em geral.

Ainda assim, lembre-se sempre de que o objetivo da contagem de carboidratos para diabéticos é ajudar na manutenção dos níveis de açúcar sanguíneo e na adoção de uma dieta mais saudável. Além disso, lembre-se de que o método não substitui nenhum tratamento.

Fontes e Referências Adicionais

Você faz a contagem de carboidratos no seu dia a dia? Já conhecia essa técnica? Comente então abaixo!

Note: There is a rating embedded within this post, please visit this post to rate it.

Fonte: Mundo Boa Forma

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Receita de granola low carb deliciosa

A granola é o acompanhamento que muitas pessoas escolhem para comer com fruta ou iogurte na dieta. Mas, quando a intenção é reduzir os carboidratos, é preciso tomar cuidado com o alimento. Um motivo é que muitas granolas industrializadas trazem açúcar adicionado, o que aumenta o seu teor de carboidratos. Porém, mesmo as caseiras e sem adição de açúcar extra podem ter aveia, que embora seja saudável e nutritiva, também é fonte de carboidratos . Entretanto, quem está cortando os carboidratos não precisa abandonar o acompanhamento. Basta optar por uma granola low carb, como a que vamos aprender a fazer hoje. O prato conta com um mix de oleaginosas e sementes. Além disso, ele leva coco em pedaços ou ralado, noz-moscada, canela em pó e extrato de baunilha, que deixam o acompanhamento mais saboroso.  Venha experimentar como a granola low carb fica incrível! Aprenda o passo a passo da receita e prove hoje mesmo! Imprimir Granola low carb

Sensibilidade ao glúten não celíaca: o que é, sintomas e tratamento

Você costuma sentir a barriga inchada, alteração no trânsito intestinal normal, seja com constipação ou diarreia, e azia logo após comer pães e massas? Já suspeitou de doença celíaca, mas o diagnóstico foi negativo? Você pode ter sensibilidade ao glúten não celíaca.  A sensibilidade ao glúten não celíaca é quando uma pessoa apresenta sintomas semelhantes aos da doença celíaca, sem ter a doença. Quem é sensível ao glúten não apresenta os mecanismos de reação alérgica e nem de doença autoimune, que definem os quadros clínicos da alergia ao trigo e da doença celíaca.  O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, como o trigo, o centeio, o malte e a cevada, e tem sofrido intensas modificações genéticas para atender à indústria alimentícia. Segundo a Embrapa, o trigo que nós consumimos atualmente contém 20 vezes mais glúten do que há 40 anos. Isso explica por que tanta gente tem problemas digestivos relacionados ao glúten.  Entenda mais sobre a sensibilidade ao glúten não celíaca

Alimentação para herpes: o que comer e o que evitar

Se você tem herpes, deve saber o quanto é incômodo quando a ferida retorna, após algum tempo inativa. E são constantes esse vai e volta da ferida, que pode acontecer devido a vários fatores. Agora, será que existem alimentos que podemos comer ou evitar para prevenir o aparecimento ou resolver uma crise mais rapidamente?  O herpes se desenvolve como resultado de uma infecção pelo vírus herpes simples, que fica adormecido por um período, até que é ativado por alguns gatilhos. Não há dúvidas de que gripes, flutuações hormonais e condições ambientais sejam gatilhos para o surgimento do herpes, mas e os alimentos?   Ainda não há muitos estudos que relacionam alimentação e herpes, mas há indícios de que comer alimentos ricos em lisina e evitar aqueles com arginina possam prevenir o aparecimento de herpes ou tornar a cicatrização da ferida mais rápida, diminuindo o tempo do ciclo. Além disso, ingerir alimentos que fortalecem o sistema imunológico parece ajudar a manter o vírus inativo. V