Pular para o conteúdo principal

Hidroquinona – O Que é, Para Que Serve, Antes e Depois e Como Usar

Hidroquinona

Cuidados com a pele nunca são demais, não é mesmo? Aprenda o que é e para que serve a hidroquinona e surpreenda-se ao descobrir o que essa substância pode fazer pela sua pele, especialmente se você tem manchas de hiperpigmentação.

Se você já tentou vários tipos de pomadas e tratamentos para tirar manchas de acne do rosto, por exemplo, sabe como é frustrante não obter resultados satisfatórios. Quem sofre com manchas na pele também costuma testar diversos produtos que prometem suavizar e até remover as manchas por completo. Será a hidroquinona a solução ideal para esses casos?

Entenda como a hidroquinona funciona e encontre aqui imagens que ilustram o antes e depois de pessoas que realizaram tratamentos estéticos com hidroquinona. Aprenda ainda ainda como usar o produto da forma correta sem agredir a sua pele.

Hidroquinona – O que é?

A hidroquinona é uma substância de uso tópico utilizada principalmente para clarear a pele e, por este motivo, ela é utilizada em vários tratamentos para diferentes formas de hiperpigmentação.

Atualmente, a hidroquinona é considerada segura e pode ser usada sem receita em concentração de até 2%. Existem versões da hidroquinona com concentrações mais altas, mas é necessário ter receita médica para ter acesso a elas.

Para que serve a hidroquinona

A hidroquinona é utilizada para tratar doenças da pele associadas à hiperpigmentação, como por exemplo:

  • Melasma;
  • Sardas;
  • Cicatrizes de acne;
  • Manchas associadas ao envelhecimento;
  • Mascas pós-inflamatórias de eczema ou psoríase.

Basicamente, a hidroquinona reduz o número de melanócitos presentes na pele, que são os responsáveis pela produção de melanina – substância que determina o tom da nossa pele.

Na hiperpigmentação, há um aumento na produção de melanócitos em locais específicos da pele, o que gera mais melanina, podendo causar manchas.

Ao aplicar hidroquinona de forma localizada na pele manchada, a produção de melanócitos pode ser controlada, deixando o tom da pele mais uniforme.

Antes e depois

Nas imagens abaixo, você pode observar o resultado obtido por pessoas que usaram hidroquinona em diferentes concentrações para tratar a hiperpigmentação na pele.

Na dose de 2%, a hidroquinona pode trazer resultados como o abaixo.

Já em doses mais altas que variam de 4 a 5%, os resultados podem ser melhores, como você pode observar a seguir.

Vale ressaltar que concentrações maiores de 2% de hidroquinona só devem ser usadas sob orientação e prescrição médica.

Como usar

A eficácia de um tratamento com hidroquinona está diretamente relacionada com a sua consistência e comprometimento com o tratamento. É indispensável usar o produto diariamente para a obtenção de bons resultados.

Igualmente importante é seguir as instruções encontradas no rótulo do produto ou seguir as orientações do seu dermatologista.

– Teste prévio

Antes de mais nada, é importante fazer um teste em uma pequena área da pele para verificar como a sua pele reage à hidroquinona, evitando efeitos adversos desagradáveis por toda a extensão da pele.

O teste deve ser feito da seguinte maneira:

  1. Esfregue uma pequena quantidade do produto com hidroquinona em uma pequena área interna do antebraço;
  2. Cubra a região com um curativo;
  3. Lave bem as mãos;
  4. Aguarde pelo menos 24 horas e observe qual foi a reação da pele.

Se ao fim desse teste você sentir coceira ou irritação intensa, é indicado não usar o produto e conversar com um dermatologista.

Por outro lado, se nenhum efeito adverso ocorrer, é possível iniciar o tratamento com tranquilidade e segurança.

– Expectativa

Os resultados normalmente demoram 4 semanas para começarem a ser notados, mas há casos em que a melhora só ocorre realmente depois de aplicar a hidroquinona consistentemente durante vários meses.

Ao notar que o tratamento está surtindo o efeito esperado, você poderá usar o produto por até 4 meses e a partir daí começar a reduzir o uso para interrompê-lo ao fim do quinto mês. Essa é uma recomendação de especialistas para evitar danos na pele.

Se a pele não apresentar nenhuma melhora em 3 meses de uso, pode ser que seu dermatologista tenha que aumentar a concentração de hidroquinona ou precise optar por outro tipo de tratamento para a sua pele.

– Rotina de limpeza e aplicação

A pele deve estar limpa e tonificada para receber a hidroquinona. Uma limpeza simples com água e sabão é o suficiente antes de passar a hidroquinona, mas se preferir fazer uma limpeza mais profunda, veja aqui algumas dicas de tipos de limpeza de pele e seus benefícios.

Depois de limpar e secar bem a pele, siga o passo a passo:

  1. Aplique uma pequena quantidade de hidroquinona de forma uniforme na área da pele que precisa de tratamento;
  2. Faça uma boa massagem na pele para que o creme seja totalmente absorvido;
  3. Depois disso, lave bem as mãos para evitar que a hidroquinona entre em contato com outras partes da sua pele ou manche roupas e superfícies;
  4. Após o uso, é importante aplicar um hidratante para reduzir o ressecamento da pele e proteger a pele que pode ficar mais sensível durante o tratamento.

Se sua pele é naturalmente seca, é bom caprichar na hidratação e investir também em cremes e produtos para a pele seca.

O uso de um hidratante com fator de proteção solar – ou de um protetor solar após a hidratação – é imprescindível, pois a exposição ao sol sem proteção adequada pode piorar a hiperpigmentação além de reverter os efeitos benéficos do tratamento com hidroquinona.

– Dosagem

A hidroquinona de uso tópico deve ser usada 2 vezes ao dia de manhã e antes de dormir ou de acordo com a orientação médica.

Na maioria dos casos, uma dose equivalente ao tamanho de uma ervilha é suficiente para espalhar por pequenas extensões da pele como o rosto, por exemplo.

Ao se esquecer de tomar uma dose, nunca dobre a quantidade da dose seguinte. Apenas pule a dose perdida e retome o tratamento como de costume.

Produtos combinados de hidroquinona

Nem sempre a hidroquinona está sozinha nos produtos. Os produtos de venda livre geralmente combinam baixas concentrações de hidroquinona com outros ingredientes que podem auxiliar no clareamento da pele.

Algumas das combinações são:

  • Hidroquinona 2% com ácido salicílico, ácido azeláico, ácido lático e vitamina C: essa combinação clareia manchas escurar e corrige o tom da pele;
  • Hidroquinona 2% com ácido glicólico e hepapeptídeo-2: essa mistura corrige a descoloração indesejada e protege a pele de danos futuros;
  • Hidroquinona 2% com vitamina E e alfa-hidroxiácidos: deixa a pele mais tonificada e uniforme;
  • Hidroquinona 2% e ácido salicílico: essa mistura é bastante comum e enquanto a hidroquinona desbota manchas escuras na pele, o ácido salicílico esfolia e protege a pele com seu efeito antioxidante.

Se você se interessou por algum dos ingredientes mencionados acima, veja também os benefícios e usos do ácido glicólico (um dos ácidos mais usados para cuidados com a pele) e conheça também o melhor ácido para cravos e espinhas.

É importante lembrar que as concentrações mais altas de hidroquinona são reservadas para casos específicos e só podem ser obtidas mediante a apresentação de uma prescrição médica.

É seguro usar a hidroquinona?

Estudos toxicológicos – como o publicado em 2007 no periódico Critical Reviews in Toxicology – atestam que a hidroquinona é segura para uso.

– Efeitos colaterais

Geralmente, a hidroquinona é bem tolerada, mas peses secas e sensíveis podem sofrer irritações ou ressecamento. Já as peles oleosas ou normais têm um risco mais baixo de sofrer efeitos colaterais.

Sendo assim, alguns efeitos adversos leves podem ocorrer, principalmente se a sua pele for sensível. Exemplos incluem:

  • Vermelhidão temporária;
  • Irritação na pele;
  • Coceira;
  • Sensação de queimação ou de picada;
  • Secura no início do tratamento.

Ainda que incomodem um pouco, esses efeitos desaparecem conforme a pele se acostuma com a hidroquinona.

Sintomas de reações alérgicas podem ser observados em algumas pessoas. Os principais sinais de alergia à hidroquinona incluem:

  • Urticária;
  • Chiado no peito;
  • Tosse;
  • Dificuldade para respirar;
  • Inchaço no rosto, lábios, língua ou garganta.

É importante procurar ajuda médica imediata se um ou mais dos sintomas acima surgirem.

– Reação grave

Uma publicação de 2012 do Indian Journal of Dermatology relatou um caso raro em que a hidroquinona causou uma condição chamada de ocronose. Trata-se de uma condição em que surgem pápulas e uma pigmentação preto-azulado na pele após o uso diário prolongado do produto.

Mesmo que seja um efeito raro, não é indicado usar produtos que contenham hidroquinona em sua composição por mais de 5 meses seguidos.

Se for necessário voltar a usar a hidroquinona, é indicado aguardar de 2 a 3 meses antes de retomar o uso do produto.

– Contraindicações

Outro ponto a destacar é que a hidroquinona é mais adequada para tons de pele mais claros. Quando aplicada em tons de pele mais escuros, a substância pode piorar a hiperpigmentação.

A hidroquinona tópica não deve ser usada por grávidas ou lactantes, pois não se sabe se a hidroquinona representa um risco para a saúde dessas pessoas e de seus bebês.

O produto também não deve ser aplicado em crianças menores de 12 anos de idade sem orientação médica.

Se a sua pele estiver queimada, muito seca, irritada ou rachada, não é recomendado aplicar a hidroquinona na região. Também não é indicado aplicar a hidroquinona em locais como os lábios ou o nariz, pois podem ocorrer irritações ou dormência.

Alternativas naturais

Há outras opções disponíveis para clarear a pele. Há relatos de que o bicarbonato de sódio pode tirar manchas do rosto, além de ajudar na limpeza e na prevenção e tratamento de infecções na pele.

Se você prefere opções naturais para tratar a hiperpigmentação, vale a pena dar uma chance a ele e conhecer alguns dos seguintes ingredientes:

– Antioxidantes

Os antioxidantes em geral combatem o envelhecimento precoce e ajudam a clarear regiões de hiperpigmentação. Exemplos de antioxidantes facilmente encontrados na composição destes produtos são a vitamina A para pele e a vitamina C para pele.

Além de deixar a pele mais clara quando usado a longo prazo, os antioxidantes deixam o tom da pele mais uniforme.

– Vitamina B3

Conhecida também como niacinamida, a vitamina B3 atua impedindo que áreas mais escuras da pigmentação apareçam na superfície da pele. Assim, é como se ela preservasse a hiperpigmentação apenas nas camadas mais profundas da pele e suavizasse as manchas mais visíveis.

– Ácidos à base de plantas

É possível aproveitar os benefícios dos ácidos comumente associados à hidroquinona sem usar produtos sintéticos. Há muitos ácidos naturais derivados de plantas que podem trazer benefícios para a pele.

No caso da hiperpigmentação, o ácido kójico e o ácido elágico agem reduzindo a produção de melanina na pele e podem atuar de forma semelhante à hidroquinona e outros ácidos.

Considerações

Não é fácil tratar a hiperpigmentação, mas com a ajuda de bons profissionais e com a escolha dos produtos certos para a sua pele, é possível ao menos amenizar a situação.

A hidroquinona não é para todo tipo de pele. Dessa forma, consultar um dermatologista para avaliar se a sua pele pode ser exposta à hidroquinona e fazer um teste prévio no antebraço são duas formas muito eficazes de garantir que a substância é segura para você.

Se a hidroquinona não for o produto mais adequado para a sua pele, há diversas outras alternativas que você pode explorar para tratar a hiperpigmentação.

Fontes e Referências adicionais:

Você já conhecia a hidroquinona? Conhece alguém que faz uso e pretende experimentar também na sua pele? Comente abaixo!

Note: There is a rating embedded within this post, please visit this post to rate it.

Fonte: Mundo Boa Forma

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Receita de granola low carb deliciosa

A granola é o acompanhamento que muitas pessoas escolhem para comer com fruta ou iogurte na dieta. Mas, quando a intenção é reduzir os carboidratos, é preciso tomar cuidado com o alimento. Um motivo é que muitas granolas industrializadas trazem açúcar adicionado, o que aumenta o seu teor de carboidratos. Porém, mesmo as caseiras e sem adição de açúcar extra podem ter aveia, que embora seja saudável e nutritiva, também é fonte de carboidratos . Entretanto, quem está cortando os carboidratos não precisa abandonar o acompanhamento. Basta optar por uma granola low carb, como a que vamos aprender a fazer hoje. O prato conta com um mix de oleaginosas e sementes. Além disso, ele leva coco em pedaços ou ralado, noz-moscada, canela em pó e extrato de baunilha, que deixam o acompanhamento mais saboroso.  Venha experimentar como a granola low carb fica incrível! Aprenda o passo a passo da receita e prove hoje mesmo! Imprimir Granola low carb

Sensibilidade ao glúten não celíaca: o que é, sintomas e tratamento

Você costuma sentir a barriga inchada, alteração no trânsito intestinal normal, seja com constipação ou diarreia, e azia logo após comer pães e massas? Já suspeitou de doença celíaca, mas o diagnóstico foi negativo? Você pode ter sensibilidade ao glúten não celíaca.  A sensibilidade ao glúten não celíaca é quando uma pessoa apresenta sintomas semelhantes aos da doença celíaca, sem ter a doença. Quem é sensível ao glúten não apresenta os mecanismos de reação alérgica e nem de doença autoimune, que definem os quadros clínicos da alergia ao trigo e da doença celíaca.  O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, como o trigo, o centeio, o malte e a cevada, e tem sofrido intensas modificações genéticas para atender à indústria alimentícia. Segundo a Embrapa, o trigo que nós consumimos atualmente contém 20 vezes mais glúten do que há 40 anos. Isso explica por que tanta gente tem problemas digestivos relacionados ao glúten.  Entenda mais sobre a sensibilidade ao glúten não celíaca

Alimentação para herpes: o que comer e o que evitar

Se você tem herpes, deve saber o quanto é incômodo quando a ferida retorna, após algum tempo inativa. E são constantes esse vai e volta da ferida, que pode acontecer devido a vários fatores. Agora, será que existem alimentos que podemos comer ou evitar para prevenir o aparecimento ou resolver uma crise mais rapidamente?  O herpes se desenvolve como resultado de uma infecção pelo vírus herpes simples, que fica adormecido por um período, até que é ativado por alguns gatilhos. Não há dúvidas de que gripes, flutuações hormonais e condições ambientais sejam gatilhos para o surgimento do herpes, mas e os alimentos?   Ainda não há muitos estudos que relacionam alimentação e herpes, mas há indícios de que comer alimentos ricos em lisina e evitar aqueles com arginina possam prevenir o aparecimento de herpes ou tornar a cicatrização da ferida mais rápida, diminuindo o tempo do ciclo. Além disso, ingerir alimentos que fortalecem o sistema imunológico parece ajudar a manter o vírus inativo. V